Quero escrever com a voz, meter as palavras pra transbordar tipo fermento, derreter pelo chão e escorrer pelas frestas. Quero entrar em você de um jeito que a gente não sabia que dava.
Corpo-engolidor que leva pras profundezas, onde a carne se funde pulsando em vida quente, voz ululante e abissal que serpenteia pelo seu ventre. Ler seu corpo com os dedos e a boca, sentirtu arquear e tremer.
Faz o papel e sai do papel, me pede e me manda, me faz objeto do seu olhar de sentimento absoluto, devorador.
Vem que eu tenho fome de tudo.
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