segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ódio

Tão bonzinho. Tão fofinho. Tão amoroso. Tão bonitinho. Me enoja. Quando que a verdade vai vir à tona que eu não quero esse tipo de coisa? Sério. É completamente ridículo você falando. Pare de ser legal. Eu não quero que você seja legal. Não quero que você procure jeitos ou motivos de "consertar". Eu quero que você me odeie. Não só quero. Eu preciso. Eu tenho essa necessidade absurda e doentia que você me odeie. Eu quero que você me xingue. Que você grite pro mundo o quanto você me acha repugnante. O quanto me acha babaca, insensível e escroto. Quero que você diga que fomos um erro. Quero que você se arrependa, e espalhe pra todos os nossos amigos que eu fui a pior coisa que aconteceu na sua vida. Quero que você rasgue as minhas fotos. Que queime os meus textos, e que cuspa no chão quando ouvir o meu nome. Eu desejo que você seja cruel comigo. Que venha falar comigo só pra me contar que toda e qualquer coisa bonita que você algum dia já me disse foi mentira. Contar que sente ódio de mim. Que nunca mais quer me ver de novo. Jogar na minha cara que de propósito não atendeu minhas ligações ou respondeu minhas mensagens. Me chutar quando me vir no chão. Taxar de desimportante e extirpar completamente do seu cérebro e coração qualquer lembrança boa que você tenha sobre mim. E, quando finalmente tiver feito tudo isso. Quando tiver jogado objetos na minha cabeça quando eu aparecer na sua casa. Quando tiver sonhado durante doze noites que eu morria. Eu vou finalmente ser capaz de dizer, livre de qualquer incerteza: "Ele me odeia". E vou poder seguir em frente.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Primos

CARA, descobri que sou primo da Nina Rache!!
Só queria falar isso mesmo, HSUAHSUAHUSAH

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pitty

Resume a nossa relação.
Déjà vu antes de você, Equalize durante e Na Sua Estante depois.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Olhos castanhos

O fraco e velho ventilador girava lentamente, preso ao teto por fios gastos e expostos. Pelo teto, uma rachadura descia até a parede, onde descansava um quadro simples de um barco, feito em nanquin. Na parede do outro lado, uma janela pequena mostrava a cansativa vista da bela paisagem urbana. Uma selva de prédios enfeitada pela brilhante cacofonia de buzinas e carros passando. Uma mesa. De madeira e carcomida, com uma única gaveta vazia. Sobre ela, uma televisão empoeirada. Por todo o chão, livros e folhas espalhados até onde a vista alcançava. Ao lado, um criado-mudo, usado unicamente para apoiar o cinzeiro recheado de pontas de cigarro. O barulho continuava a ecoar em meus ouvidos, tão claro quanto antes. Repetido, e ritmado. Tum-tum... Tum-tum... Tum-tum... O calor emitido pela origem do barulho acolhe e esquenta. Levanto a cabeça, e duas representações da perfeição no formato de círculos castanhos vão ao encontro dos meus olhos, me encarando com o olhar que admira, mas ao mesmo tempo observa. É o olhar que atravessa a pele e observa a alma. Minha atenção se volta para os lábios expressivos, sendo mordidos compulsivamente pelos dentes brancos. Não tardará à amanhecer. Mas eu quero de novo.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Eu te mato s2

Hah, você me faz rir. Não, sério, cada absurdo que você fala. Você fala como se isso já não estivesse pré-definido. Fala como se você tivesse qualquer poder de escolha sobre essa decisão. Como se isso dependesse de você. Não seja tão ridículo. A escolha já foi praticamente feita para você muito antes de você sequer pensar em existir. Então deixa de fazer manha com o que as forças cósmicas do universo já decidiram pro seu destino e me ame agora. Senão...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Complicado?

Não, é só dizer que me ama e ficar agarradinho comigo

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Algo errado

Ontem à noite, me peguei bebendo Jack Daniel's enquanto gritava "Estamos, capitão!".  Deve ter algo de errado comigo.

Bloqueio

-Texto antigo e aleatório, mas foda-se

A chuva cai. O som das gotas batendo contra as folhas das plantas ecoa noite adentro. Assustados, os cachorros forçam passagem pela porta de vidro da varanda e entram em casa. Ninguém deixa eu me concentrar e o texto tá ficando uma bosta. O Daniel entra com a foto multicolorida dele e eu abro a janelinha, só pra poder ficar olhando. Eu reclamo que ninguém me deixa escrever mas acho que o problema é meu mesmo. A gata mia tanto que dá vontade de empurrá-la escada abaixo, mas eu seria denunciado pro IBAMA, e ela cairia em pé de qualquer jeito, então não teria tanta graça. Estou com vontade de tomar banho. A droga do meu aparelho aperta tanto que eu tive que tomar sopinha no jantar. Ainda faltam dois dias pro meu amor gordo lindo ler a porra do meu texto pra mim e eu não to conseguindo mais aguentar, beijos. Frases sobre caras azuis de São Paulo povoam a minha mente. Eu não consigo pensar em mais nada. Minha cabeça tá uma névoa. Dá vontade de pegar um monte de dente-de-leão e enfiar tudo na boca.Eu não consigo escrever. É isso.