O que vale a pena fazer, mesmo que eu fracasse?
Assumir pra mim o exagero
Deleitar-me comigo
Buscar o prazer
Me arriscar, escolher, não viver
O que vale a pena fazer, mesmo que eu fracasse?
Assumir pra mim o exagero
Deleitar-me comigo
Buscar o prazer
Me arriscar, escolher, não viver
Você guarda as cartas de amor?
Toda vez que eu olho eu paro
Eu vejo
E me lembro da época em que as nossas diferenças não eram desequilíbrio, mas desculpa pra ficar mais perto e aprender com o outro.
Por não estarmos mais distraídos
Você se lembra de acordar e procurar esse calor?
Hoje quando acordo com medo eu não choro.
Nem reclamo abrigo
sinto uma coisa sua que ficou em mim.
Impregnada no corpo, nas pedras, nas roupas
No perfume pela sala
nas cinzas das horas
Na noite voraz.
Veloz.
Queria na sombra do olhar
Parar e com a mão desenhar
A tua voz que desce até mim
Queria ao som do verso me entregar
Mas o tempo urge
E preciso correr de novo
A uma hora dessas.
Por onde vagará seu pensamento?