domingo, 22 de dezembro de 2013

Por que não desistir do amor?

"-Eu queria te perguntar uma coisa
 -Pode falar
 -Por que você acha que eu não tenho que desistir do amor?
 -Bem..."
O que eu respondi foi que a vida sem amor é muito pouco, muito menos do que pode ser. Eu não sou uma pessoa que preza as felicidades e satisfações materiais, então desistir do amor é desistir de parte do que te deixa feliz de verdade, feliz por dentro.

"-Não sei como é isso, tô cansado de ser humilhado só porque gosto de alguém"

Acontece que do jeito que eu vejo, não se precisa ser retribuído no amor pra saber como ele te faz bem. Algumas pessoas às vezes confundem, dizendo que amor é uma merda, que te deixa na pior, que só traz sofrimento. Amor de verdade não faz com que você se sinta mal, faz com que você se sinta bem. É simples assim. Ser humilhado é uma merda, ser rejeitado te deixa na pior, ser abandonado ou traído te traz sofrimento. Essas coisas vêm junto do amor, inevitavelmente, mas se fechar pra esse tipo de tristeza e dor significa se fechar pra felicidade de verdade, também. E nenhuma dessas merdas consegue esmorecer aquele sentimento incomparável de amor nascendo, mesmo que ele acabe não sendo retribuído.

"-Não sei, depende muito da forma que é dada essa não-retribuição..."

É claro, se a pessoa te afasta ou passa a te tratar diferente, é horrível. Mas se isso não acontece, amor nascendo é poesia, amor nascendo é loucura. Amor nascendo é o mais próximo de magia que temos pra acreditar. É ter borboletas no estômago, é suar frio, é tremelique na perna. É querer estar sempre perto, é ter lembranças minimalistas, é rir à toa. É como pular de um precipício: geralmente dói horrores quando se cai, mas o mais importante é que por alguns míseros instantes, pareceu que você podia voar. E míseros instantes no paraíso fazem valer a pena a eternidade que você passou na terra. É como uma montanha-russa, e mesmo que agora você possa estar se sentindo por baixo, eventualmente você fica por cima. E até lá, vamos tentar pensar positivo!
Promete que tenta também...? <3

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Não existem momentos genuinamente bacanas se eles não estiverem devidamente registrados em megapixels, armazenados em bytes, megabytes, gigabytes e até o tal do terabyte. Agora me diz: de quantos bits um ser humano precisa pra ser feliz?

Férias

Hoje acordei com vontade de escrever.
Se eu dissesse isso, estaria mentindo, porque como de costume, acordei com fome e com vontade de dormir mais. Mas isso não vem muito ao caso. Acordei às duas da tarde e queria quebrar a rotina monótona das minhas longas e curtas férias. Catei na cozinha um pedaço de quiche e mandei uma mensagem pro primeiro nome feminino que vi na agenda, chamando a garota pra sair. Botei pra tocar um álbum do Bowie enquanto esperava a resposta, e fiquei vendo as horas pularem janela fora enquanto pensava em coisas úteis que poderia estar fazendo naquele momento. É claro que olhar pro nada e ouvir música é infinitamente mais interessante.
Acho que passei mais tempo assim do que pensei.
Minha mãe acabou batendo na porta do quarto querendo saber se eu ainda respirava. Fingi estar asfixiando, mas eventualmente tive de dizer a ela que estava tudo bem, pra que ela saísse do quarto rindo e comentando como esse menino não tinha jeito mesmo. Olhei o celular. Nada. Troquei o álbum que já tocava pela quarta vez e puxei um livro bonitinho da estante pra ler sobre Nova York e Paris, mas a diversão foi breve. Tentei alguma coisa mais duradoura e baixei um filme da lista "férias", que se limitou a render rápidos e bons 102 minutos de pensamentos e emoções sobre garotos introvertidos e invisibilidade. Bonito, mas curto demais pra saciar o tédio de um garoto de 16 anos em período de férias e sem dinheiro. Pensei que devia ter escolhido aquele de vampiros que dura algo como 6 horas, mas esqueci como se chamava. Horas após tê-lo feito, percebi que meu convite tinha sido ignorado, então dei de ombros e decidi que iria escrever. Naturalmente, pensa-se que a pessoa vá ler em busca de inspiração, mas como tudo que dizem trazer inspiração, isso nunca dá certo comigo. Eu juro que adoraria conseguir escrever um daqueles textos com humor fino e aguçado, algo mais parecido com uma crônica humorística, como se engatinhando prum estilo Veríssimo. Mas é claro que não era pra ser. Só o que sei fazer é escrever sobre minhas tristezas, e nem eu tenho tido paciência pra elas recentemente. Morrissey, se você estiver ouvindo isso, por favor me perdoe, pois eu pequei. Infelizmente, é isso mesmo, não há muito a se fazer a respeito, e nem mesmo sei direito o que quis dizer com esse texto.
Oh, well, amanhã tentamos de novo. Novo dia, novo filme, novo livro, novo texto. O mesmo tédio.
Sinto-me solitário. Todos os blogs que costumava seguir se encontram abandonados...

Alguém aí quer ser meu amigo?