quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Fugiram...

- Ei, o que essa merda está fazendo vazia? Deveriam haver borboletas aí! Borboletas, eu digo! Por que você nunca faz o que eu mando, seu energúmeno?!

domingo, 13 de novembro de 2011

"- Ok então, oito e vinte estamos saindo, pra você não perder a banda do Chico"

...

Era fácil. Era muito simples, juro pra você. Oito reais contados. Eu e Diana estávamos indo prum show pra curtir o som e pra arranjar minha amiga Camila pro meu outro amigo, o baixista da segunda banda. Íamos nos aprontar, eu passaria na casa da Diana, iríamos juntos até a casa da Camila, pegaríamos o 569 e iríamos os três felizes e contentes pro show. Ponto. Simples. Fácil. Prático.
Nem tanto.
A começar que a Diana e a Camila demoraram séculos pra descer. O percurso da rua, que deveria ter levado 10 minutos, levou mais de meia hora. Ok, nenhum motivo pra se estressar. As bandas sempre atrasam, e essa não seria diferente. No entanto, Diana não conseguiu se conter:
- Cara, a gente vai pegar ônibus aqui? Quando eu fui pra ipanema com o Grabois e *insira o nome de pessoas aleatórias aqui*, nós pegamos o ônibus do outro lado da rua!
Começou...
- Eu sempre fui por aqui e sempre cheguei no lugar... -Respondi-
- Mas vai demorar D: E a gente vai chegar super atrasado pra banda do Chico.
- Vai nada, eles vão atrasar.
-Ai... tá bom.
Enfim. O ônibus demorou um tempo, só pra me contrariar. E nesse meio tempo, Diana insistia pra que pegássemos o ônibus no -outro lugar-. Bom, pegamos o 569 no meu lugar mesmo, e estávamos indo bem. Passamos pelo Cosme Velho, Rebouças, Mãe-da-Camila-que-não-podia-saber-que-fomos-de-ônibus, etc. Íamos chegar só um pouco atrasados. A banda só ia começar mais tarde mesmo. Tinha tudo pra dar certo. Tudo.
Até que...
- AI CARA, A GENTE VAI SE ATRASAR MUITO!!!!!1111111!!111!!ONZE!111!!
- Vai nada, Diana, relaxa, o onibus vai direitinho!
- Ahnãoahnãoahnãovamospegarumtaxitaxitaxitaxisouchatabeijos!
- Você paga.
- Ok
E saímos do onibus. Íamos pegar um taxi. Na boa, em paz, tocando um violão. Quando...
- Ei...
- Que foi, Diana?
- Ipanema é pra lá...
- É não, é pra cá
- Ah, mas quando eu fui pra Ipanema e peguei o ônibus com blablablaGraboisblablabla o onibus foi pra lá!
- Cara, tenho certeza absoluta que é pra cá.
- Ahnãoahnãoagentevaichegaratrasadonãoseiquenãoseiquelásouchatabeijos!
- Argh...
E andamos. Atravessamos correndo duas ruas movimentadíssimas, até que Camila teve a brilhante idéia de perguntar à uma moça em que direção ficava Ipanema. Ela apontou para a direção que -eu- estava indo em primeiro lugar. Obrigado, moça. Deus te abençoe. Fomos pra minha direção. Atravessamos correndo novamente as duas ruas movimentadíssimas e pegamos um taxi. No caminho...
- UAHSUAHSAUHSUAHSUAHSUAHS
- Pronto, Diana endoidou de vez...
- HAHAHA, NÃO, É QUE HAHAHAHA, EU OLHEI E ESTÁVAMOS TODOS DO MESMO JEITO OLHANDO PRA JANELA HAHAHAHA.
Enfim. Passado o surto, chegamos lá. Esperamos um pouco pra podermos abrir as portas do taxi ao mesmo tempo, e adivinha? Chegamos -muito- mais cedo do que a primeira banda. Eu S-A-B-I-A. Após fuzilar Diana com os olhos e com o pensamento (acho que ela nem percebeu), fizemos uma votação e resolvemos ir pra praia entrar em contato com a natureza. No momento que voltamos, já estavamos desse jeito:
Estávamos voltando, felizes e contentes, quando Camila pede pra pararmos pra ela comprar algo pra beber e Diana sai correndo no meio dos carros. Normal. Acontece com qualquer um. Ainda mais com a Diana. Fomos andando. Ê, legal, encontramos com um tal que a Diana falou que estava horrível agora. Bom. Entramos lá na parada, tudo certo. Subimos, na boa. Ficamos lá de gangster encostados no 'balcão' observando o movimento enquanto a banda do Chico se preparava. Incrível, o Chico conseguiu fazer os playboys e as cocotas pularem. Fiquei conversando com a Camila sobre o belo par de paisagens que se projetavam à nossa frente. O show rolou de boa, Diana foi pra algum lugar, continuei lá com a Camila esperando a banda do meu amigo, porque ela tinha combinado de pegar o baixista. Tiveram vários problemas técnicos, não tinha caixa de retorno, uma das cordas de uma das guitarras estourou, a galera tava meio desanimada, e blaus. Cabou que no final fui falar com o baixista e ele estava indo pegar água pro amigo que estava passando mal. Resumo da ópera: ele foi-se e Camila não o pegou. Decidimos ir embora. Não sem antes fazer, na esquina, um lanchinho de sanduíche suspeito com recheio de origem questionável. Fomos caminhando, até que Diana, que estava super agradável e fácil de conviver naquele dia, não se conteve mais uma vez:
- Cara, a gente vai pegar ônibus onde?
- Na rua que é atrás do meu dentista, onde eu sempre pego, Diana...
- Mas cara, essa rua blablablabla vai demorar muito mais blablabla não estamos indo pro caminho certo blablaprecisoemagrecer
- Ai, morre, vadia!
Bom. Demos a maior volta. Não, sério, ficamos andando por no mínimo 40 minutos por ipanema, mudando de idéia sobre aonde íriamos para pegar nosso ônibus e chegar são e salvos em casa. O pior é que depois da terceira ou quarta volta, o tal do baixista apareceu de novo, aleatoriamente, nos convidando pro arpoador porque ia "uma galera". Nem que me pagassem. Isso porque tínhamos dito que voltaríamos de taxi e que chegaríamos por volta das 11 em casa. Já era uma e meia. Mas não era culpa nossa, juro! A culpa foi das bandas que atrasaram e da Diana que nos fazia mudar de rota a cada 5 minutos. Poisé. Tenta explicar isso pros nossos pais no dia seguinte. Ainda tínhamos o dilema do dinheiro, porque eu só tinha mais 4 reais, Camila tinha uns 5 e Diana era um sigilo. Detalhe que a Camila tinha levado 50, e 45 magicamente sumiram do bolso dela. Enfim. Acabou que tivemos a idéia de parar tudo que se movia e perguntar se passava no largo do machado. Depois de algum tempo, uma kombi super simpática parou, e entramos. Era dois e cinquenta. Grr. A partir daí foi só brisa. Diana anti-social ouvindo música, eu e Camila conversando o caminho inteiro sobre os acontecimentos e desilusões da noite. Chegamos ao nosso destino. E gente, se vocês não souberem disso ainda, anotem: não saem mais kombis do Largo às 2:30 da manhã. Voltamos a pé. O CAMINHO TODO, DEPOIS DE ANDARMOS PRA CARALHO ORR. Três amigos numa madrugada escura voltando pra casa. Caminhando e cantando e seguindo a canção. E morrendo. O vento tava soprando e deixando o caminho razoavelmente agradável. Foi super tranquilo. Fora que estávamos morrendo. Passamos pelo bar e encontramos um casal de conhecidos nossos que descobrimos naquela noite que eram um casal. Estavam de mãos dadas, e falaram com a gente super felizes. Eles eram uns fofos.
Chegamos na casa da Camila e nos despedimos dela. A mãe não estava nem um pouco puta, e ainda queria que eu subisse pra me dar um abraço. Score. Eu e Diana continuamos o caminho até as nossas respectivas casas. Deixei a Diana em sua casa sob o olhar repreensivo do seu pai, que descia as escadas pra abrir a porta, e continuei a andar. Procurei as chaves no bolso, abri o portão.  Subi as escadarias e desmoronei na cama. Minha cabeça latejava. Minhas pálpebras pesavam e minhas pernas esperneavam. Já nem sentia mais meus pés. Gente, o que foi aquela noite...

...
Faria tudo de novo.

-Uma Epopéia Noturna-
By Camila Vance, Diana Bulcão, Matheus Bogossian e cansaço. Muito cansaço.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Líquidos

Substâncias líquidas têm uma forma que depende do recipiente em que estão contidas, mas mantém o mesmo volume.









 
Gatos são líquidos.

... É.