segunda-feira, 8 de agosto de 2022

É o meu jeito de artista, é o seu jeito de mineiro. É o encanto, é a sedução, é o cheiro de perigo. São as suas mãos, e as suas comidas. É o jeito que você me olha. 

É a sede de saliva, a fome de corpo. É magia e sossego, desespero de vida. É aquilo de mais cru e poético. É um precipício se fechando, uma prisão se abrindo. É o ocaso e a alvorada, são os prelúdios do fim.

É a arte, é o calor do peito. São as sementes e as raízes, é o suco da gente. É o mel das tuas bolas, o cheiro do teu braço. É aquilo de mais lindo e terrível, o fascinante do transe, aquilo do que não se pode escapar, a dor e a delícia se interpenetrando, em igual parte delírio e deleite. É o divino na terra que se desvela e se profana pra voltar de novo, são os mistérios. 

É Arte.