sábado, 16 de setembro de 2023

Poema

Você guarda as cartas de amor?

Toda vez que eu olho eu paro

Eu vejo

E me lembro da época em que as nossas diferenças não eram desequilíbrio, mas desculpa pra ficar mais perto e aprender com o outro.


Por não estarmos mais distraídos

Você se lembra de acordar e procurar esse calor? 

Hoje quando acordo com medo eu não choro.

Nem reclamo abrigo

sinto uma coisa sua que ficou em mim.

Impregnada no corpo, nas pedras, nas roupas

No perfume pela sala

nas cinzas das horas

Na noite voraz. 

Veloz.


Queria na sombra do olhar

Parar e com a mão desenhar

A tua voz que desce até mim

Queria ao som do verso me entregar

Mas o tempo urge

E preciso correr de novo


A uma hora dessas.

Por onde vagará seu pensamento?

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