Eu não sei mais o que fazer com a minha dor, além de chorar, escrever e seguir em frente. São tantas desterritorializações, são tantas idas e partidas, que às vezes parece que é demais.
Um fjorde gélido me separa de tudo que eu um dia conheci, e o pouco que eu tinha era tudo que eu tinha. É muita dor, é muita tristeza. Eu choro por tudo que eu perdi, e tenho medo das coisas que eu posso vir a ganhar.
Busco conforto em lugares antigos, dos quais me afastei porque não eram mais confortáveis. Tem coisas que eu não quero perder nunca, e que já foram perdidas desde quando eu as tinha por perto.
Eu danço, e a vida gira e acontece. Tudo que eu sacrifiquei em nome do meu sonho, não pode ser em vão. Liberdade é pouco, o que eu quero ainda não tem nome.
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