quarta-feira, 10 de novembro de 2010

À Luz de Velas

Blah blah, esse é um texto que eu fiz pruma redação de escola, mas não deixa de ser um texto ._. Além do mais, eu gostei bastante dele, e ele deu medin no vini que eu sei, HÁ! Agradecimentos especias à Marcella que me ajudou a fazer o texto, hm

À luz de velas

Desperta. Suor escorrendo-lhe a testa. O travesseiro encharcado. Está escuro. O único som que ouve é o dos galhos das árvores, batendo contra a janela de vidro. Com cuidado, coloca os pés nas tábuas de madeira do chão, que rangem sob seu peso. Olha pela janela. Vê apenas a rua, abandonada por seus moradores. A luz fraca e vacilante de um poste iluminava a calçada e as copas das árvores, fazendo-as lançarem sombras na rua. Abre a janela. Sente a brisa fria do mar batendo contra seu rosto. Sempre amou o mar. Desde criança, quando seu pai a levava para pescar e ver o pôr do sol. Mas isso já não era mais possível.
Perde-se em seus pensamentos, e, ao mesmo tempo, algo começa a roçar sua consciência. Não de uma forma brusca, mas vai gradualmente tomando forma. É um som. Sua mente vai lentamente acordando e prestando cada vez mais atenção no som, que fica mais forte. Logo, se torna reconhecível. São passos. Passos, batendo contra a madeira. Sua respiração acelera, e o vento para de soprar. O poste na rua, finalmente cede à idade, e apaga. De repente, sente uma queda de temperatura. Está frio. Muito frio. Fumaça começa a sair de sua boca à cada suspiro. Logo, ela percebe. Está sozinha. Não, sozinha não. Os passos estão lá também.
Caminha para a porta. Sente um aperto no estômago. Seu coração não sossega. Como se, a qualquer momento, fosse cansar-se de bater tanto. A cada passo que dá, a madeira range, como se para delatá-la. Coloca as mãos na maçaneta, e sente o metal frio em contato com a pele, como se para roubá-la do calor que lhe resta. Lentamente, gira a maçaneta, e empurra a porta. Um corredor. Olha para os lados, para certificar-se de que todos os cômodos estão no lugar certo. O banheiro à sua frente, o quarto de hóspedes à direita, e à esquerda um outro corredor que leva à sala de estar e à cozinha. Alivia-se. Está em casa.
Vira-se de volta para o quarto, dizendo a si mesma para tentar dormir. Porém, antes de dar o primeiro passo, nota uma luz passando rapidamente, quase que despercebida, pelo corredor, em direção à sala. Congela. Há alguém em sua casa. Procura, num olhar rápido pelo quarto, algo que possa usar. Qualquer coisa. Encontra seu isqueiro e o braço solto da cadeira. Com o mesmo cuidado que da primeira vez, caminha até a porta, e olha pelo corredor. Os passos continuam. Encosta-se na parede e se aproxima do final do corredor. Os passos param. Assim como os seus. Estica o pescoço e observa a sala. Televisão, cadeira, armário e janela. Não há nada ali. Continua seu caminho até a cozinha. Conforme se aproxima, nota algo. A cozinha. Não está escura. A luz fraca e crepitante de uma vela ilumina precariamente o cômodo. Uma vela? Não era possível, ela havia apagado ao terminar de jantar. Ou simplesmente teria esquecido, pensou. Não é muito difícil. De qualquer forma, caminhou até a vela para apagá-la. Porém, ao se aproximar da mesa, um pensamento amaldiçoado passou por sua cabeça. De quem eram aqueles  passos? Numa tentativa desesperada de conseguir ajuda, abriu a boca para gritar, somente para no mesmo instante sentir a vida esvaindo-se como areia por entre os seus dedos, tão rápido quanto um lance de vista. Sua visão ficou embaçada, e não era mais capaz de controlar seus movimentos. Não pôde evitar cair no chão.. Não pôde deixar de observar a figura que abria a porta de sua casa, somente para fechá-la logo em seguida. Não pôde deixar de ouvir os passos, primeiro altos e claros, mas depois esvaindo-se. Até cessarem.

2 comentários:

  1. você escreve muito bem. tem que parar com esses textos que você denomina curtos e aleatório. só por sererm curtos e aleatórios, não significa que devem ser ... inúteis. te amo, beijos

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  2. NEVERRRRRRRRRRRRRRRRRRRR, textos aleatórios e inúteis FOREVA

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