sábado, 13 de novembro de 2010

Demorei

“A vida ensinou a dizer adeus às pessoas que eu amo, sem tirá-las do meu coração”

-Charles Chaplin

Demorei. Bastante. Mas acho que agora, já consigo juntar toda aquela massa e transformar em algo que seja de fácil compreensão. Um texto. Meu texto. E eu sei que você vai ler. Talvez por causa disso eu esteja hesitando tanto em chegar ao que quero falar. Mas não posso mais adiar. Não quero. Não vou. Quando a gente adia, as coisas esfriam, e esquecemos do que queríamos dizer. Não quero esquecer. Quero falar tudo aqui e agora, que estou com tudo na cabeça. Por favor perdoe-me se parecerei egoísta. Juro que não é minha intenção. Deveria querer que você fosse feliz de qualquer forma. Deveria ficar feliz por você estar feliz. Mas não consigo. De novo, me desculpe. Sei que estou sendo egoísta, mas não consigo evitar. Eu só sinto a sua falta. Bastante. Não sei se você chega a ter a menor ideia do quanto. Perdoe a minha casca grossa, na verdade me importo com você. Muito. Escrevo esse texto pra tentar por pra fora e deixar você sem dúvidas disso. Realmente, é só o que quero. Que você não tenha dúvidas. Meu texto te dirá o que eu não consegui naquele dia. Sinto a sua falta. Merda, não consigo parar de dizer isso. Talvez eu só queira te dar uma noção do quanto. Você tem que ser feliz, você DEVE ser feliz, e não quero que o que quer que eu diga aqui te deixe preocupado comigo.  Eu só queria que você fosse feliz... um pouco mais perto. De todas as maneiras. Treze anos é bastante tempo. Nesse momento, não sei mais o que fazer. Se devo te esperar e receber da mesma forma carinhosa, ou se devo me desprender, porque sei que você não vai mais estar tanto aqui. Me dá raiva. Quando quero te receber, sofro por você não estar perto. Quando quero me desprender, sofro por achar que estou te tratando de uma forma que você não merece. Você afinal não fez nada de errado. Nada que pudesse ter culpa. Queria que se você fosse embora, que fosse de uma vez. Que não demorasse assim, porque a dor é do tamanho de um prédio. E essas palavras, que para ti podem parecer tão cheias de ódio, são apenas tristes. Banhadas em lágrimas silenciosas e contidas. Por favor, perdoe-me. Sei que é porque sou egoísta e não consigo compreender.

“A casa sem ele vai ser um tédio...”




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