É tanto! Uma cachoeira sem fim saindo dos meus olhos.
Não tem metáfora, não tem poesia, só o triste listar dos acontecimentos que insistem em machucar.
Não tem alegria nas sombras das árvores, essas apodreceram e se projetaram lúgubres e velhas.
A árvore-mundo está morrendo, eu vejo as folhas caírem, eu vejo os animais mordiscando os ramos e brotos novos, eu vejo a madeira carcomida. O que vai ser quando ela morrer de vez?
No crepúsculo dos deuses os mares vão subir e fogo vai chover dos céus, até que um buraco no tronco se revele como abrigo pra vida. Alguma força restará pra defender a vida.
O abraço de quem me viu criança carrega o medo de soltar e sumir no mundo.
Tentemo, amado. Agora não dá.
Vai ser feliz.
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