segunda-feira, 2 de julho de 2012

Bleh

"-Vai, faz um poema ultrarromântico, pra mostrar que você entendeu direitinho a matéria"

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O meu amor é cinza. Assim como a vida sem ela. Os seus lábios gelados, os seus longos cabelos escuros iluminados pelo brilho prateado da lua cheia. A sua pele pálida e branca imaculada, a sua consciência pura, dormindo em algum lugar escuro e sombrio debaixo da vida. Jaz enterrada em algum túmulo congelado, coberta com a tênue mortalha da noite. Como sonhei com esses olhos fechados e com esse beijo que jamais fora roubado. Como amei a sua presença, ausente em minha vida, para depois não amar a vida, quando sua ausência fez-se presente. A presença da dor, mais poderosa que a dor da ausência que se apresenta. Oh, por que tantas dores sofri e sofro, por esse adeus que estremece a minha vida? Essa sentença que caminha, e a esperança que não volta. Já se afastam os amigos, e já não há mais amada...

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