Uma coisa engraçada, o tempo. O único tempo importante é o agora. O futuro que era futuro já virou presente, e o presente já virou passado. Correndo o risco de cair no clichê, o tempo não pára. E ele é absurdamente rápido. O desanimador é que as pessoas sempre acham que sempre terão tempo pra fazer depois as coisas que gostam ou desejam, e continuam adiando indefinidamente. O tempo transformou-se em moeda. A cidade faz tudo correr mais rápido, prazos, entregas, eficiência, tempo, tempo, acabou o tempo, onde o tempo, não existe, estamos atrasados, não há tempo. Até que chega um ponto, aquele em que se descobre que há mais problemas do que soluções, em que se olha para trás e vê: você não fez nada do que queria. Desperdiçou todo o precioso tempo nas desimportâncias da vida cotidiana. Gastou seu dinheiro, trabalhou, comprou, viveu essa pré-experiência de vida, sem sal, sem gosto, e descobriu que a pré-experiência foi na realidade sua vida. Deu aquela atenção à coisas que seriam supostamente mais importantes. Esses seres humanos sempre acham que terão tempo, que ainda há tempo, que pode-se fazer depois. Esses seres deixam as coisas acontecerem por simples inércia. Por acharem que haverá tempo pra corrigir. Mas não, isso é um absurdo! Levante-se e grite. Não há tempo. O tempo é agora. O livro? Leia. A ligação? Faça. A reunião da velha turma? Organize. A comida? Experimente. A música? Ouça. O desejo? Satisfaça. A declaração de amor?
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