segunda-feira, 14 de março de 2011

Meh

Bom, isso é uma história grande que eu to escrevendo e blaus, vou postar o primeiro parágrafo pra vocês verem se eu continuo. E por favor digam alguma coisa, qualquer coisa, mesmo que seja pra xingar deus e o mundo ou dizerem que gostam de batata. Ou não. Enfim.



Por toda parte. Escuro, viscoso, quase cor de vinho, escorrendo lentamente pela rua até entrar num bueiro e desaparecer. Os gritos. As pessoas correndo.  O motorista desesperado saindo do carro com as mãos na cabeça, gritando. Ela apareceu do nada. Não deu tempo, ele dizia, numa tentativa de convencer a si mesmo do que havia acontecido.  Mas já era tarde. As nuvens negras, que pairavam sobre a cidade o dia todo, não conseguiram mais se conter e desabaram, sobre as cabeças dos que observavam com expressões de horror estampadas no rosto. Mesmo assim, a chuva era incapaz de lavar a substância, presa à rua como cola. Como se desejasse continuar ali. Como se desejasse manter tudo ali, da forma como havia ocorrido. Tudo que era incapaz de ser esquecido. Incapaz de ser superado. Ainda era possível sentir o cheiro de perfume que ela deixava por onde passava. Ainda era possível vê-la sorrindo e soprando beijos.  Ainda era possível ver o carro que vinha rápido. Rápido demais. Julia...
                -Olá!
                -Hãn? Eu olhei pra cima e respondi, como se acordando de um sonho.
                -Eu disse olá! Você é novo aqui, não é? Disse a voz, tirando-me de meus pensamentos. A garota usava havaianas brancas. Uma tornozeleira com a figura de uma baleia estava amarrada em seu devido lugar. Um short branco e uma leve camisa amarela com mangas era o que ela vestia. Sorrindo, o aparelho em seus dentes. Seus olhos amendoados olhavam animados e curiosos, como quem admira um brinquedo novo. Sua franja e seu longo rabo-de-cavalo castanho claro escapavam por debaixo do boné.
                -S-sim, é meu primeiro ano.
                -É, dá pra perceber. Mas você sabe que não vai conseguir fazer muitos amigos se ficar deitado num banco olhando pro céu, né?
                -Desculpe...
                -Ei, relaxa, não precisa ficar triste. E sabe por quê? Porque eu vou ser sua primeira amiga aqui! Meu nome é Maria, e você é o...?
                -Tiago.
                -Então, Tiago, sobre o que você tanto pensava enquanto olhava pro céu?
                -Ah, nada de mais. Só me lembrando de uma história antiga...


Bom, é isso. Digam o que acharam e por favor me deêm dicas pro nome dessa desgraçada, porque nada tá funfando. Obrigado pela atenção, tenham uma boa tarde.

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